Quando estamos sós(estar só não quer dizer que estejamos na rua da amargura, é uma maneira de estar, onde não precisamos de dar cavaco a ninguém, entramos e saímos de casa, do trabalho, do ginásio e não temos ninguém à nossa espera, que nos enche o telemóvel de chamadas e mensagens, que quer, à força de um inquérito digno dos piores episódios da inquisição, recorrendo a ameaças de "ou vens ou...", saber onde estamos, o que fazemos, com quem estamos...).
Temos tendência a pensar na vida, olhando para a natureza e para tudo o que nos rodeia, vemos a felicidade nas crianças que brincam na relva do parque, os casais de namorados passeando o sentados nos bancos de jardim, compartilhados pelos velhos que teimam em não deixar que a vida lhes leve a aragem fresca das manhãs, e a pensar: "Que bom é a Liberdade."
Já sou maior de idade, não estou para estar presa por meio de um compromisso matrimonial civil ou religioso, agarrada a uma ideia de querer envelhecer ao lado de uma pessoa que, (e é o mais provável nos dias que correm) me vai deixar ou eu deixá-la a ela, numa situação de tristeza e abandono, e de que o mundo acaba ali.
Moro sózinha, não tenho horas de entrar e sair de casa, a única preocupação que tenho é a minha querida mãe, viúva já há alguns anos,e com alguns problemas de saúde, mas que não a proíbem de poder viajar e correr mundo, nas viagens que lhe consigo arranjar de avião.
Pela sua vontade eu já tinha casamento marcado, ou até já casado, mas respeita a minha opinião de que se tiver de um dia acontecer, não vai ser forçado mas será de forma natural.
Vejo primas minhas, que casaram, e agora se veem no desemprego, elas e os respectivos maridos, e as contas por pagar por não haver euros que aguentem, mas onde o carro e os jantares fora são uma constante, pois o que interessa é não deixar que a miséria saia fora de portas e o mundo veja o que por lá se passa...Sou filha única, tenho carro e casa pagas, um ordenado bom, e muita vontade de viver o melhor que este mundo me pode dar, e só partilho a minha intimidade com quem quero, quando quero e se me der na real gana.
Lembrei-me de postar aqui estas fotos para que me possa dar a conhecer fisicamente e dar a mostrar a minha particular forma de ver a vida, sem falsos pudores, sem demagogias, sem frases-feitas, sou só eu e o meu porto de abrigo, onde estou quando não tenho mais nada que fazer ou pessoas para conhecer.
Desafio quem, por sua própria vontade, queira partilhar também a sua imagem física, que, embora seja muito pessoal, é a única coisa que é realmente nossa e que é o que podemos usar, partilhar, tratar, cuidar e que está sempre connosco, nos bons e nos maus momentos
